Nem santo, nem profano. [A História da Macaca Piriguete]

É muito difícil para um homem dizer NÃO para uma mulher! Mesmo se ele não estiver a fim dela, é difícil para nós, homo sapiens de sexo masculino, possuidores de elevados níveis de testosterona, dizer isso para uma garota sem machucá-la. E elas ainda dizem que nós homens somos impiedosos, insensíveis ou coisa qualquer mais que o valha... A verdade é que eu já passei por situações dessa natureza inúmeras vezes e posso garantir que não foram poucas, mas mantive-me fiel aos meus princípios e disse não, mesmo sem saber como fazê-lo. No mundo animal, é sempre a fêmea quem escolhe com qual macho ela irá copular e iniciar a sua prole. E entre nós, seres humanos, não é diferente! Deve ser por isso que nenhuma mulher consegue ouvir “não!” de um cara e levar isso numa boa. Lembro-me bem de uma vez que uma garota insistiu tanto na minha [eu era noivo da Jéu, na época] que foi difícil para mim, desvencilhar-me da teia de sedução criada por ela, mas eu resisti, casando-me com a Jéu no último capítulo. [A Jéu até hoje se refere a essa garota como “A cara de macaco”. Mulher é fogo!] Eu nem gosto de lembrar dessa conversa, porque é meio chato, sabe? Fica parecendo que o blogueiro aqui tá querendo se gabar, tirar onda de "o cara perfeito", fidelíssimo, coisa e tal... Mas no fundo eu sentia que aquela garota só queria diversão. Que eu era noivo e por isso, um troféu para ela. Que depois que ela transasse comigo eu perderia o encanto, assim como um brinquedo que deixa de ser novidade, depois que a gente o conquista. Até hoje acredito que ela só queria testar o seu poder de sedução, saber até que ponto ela era irresistível, atraente, loura fatal... Ou quem sabe também, “a cara de macaco” se instigasse em minha farda, que talvez ela enxergasse em mim a possibilidade de um relacionamento estável. Sei lá, tem mulher que curte homem de farda... Mas como eu ia dizendo, eu nem gosto muito desse assunto, pois quando ele surge à tona, numa roda de amigos(as), eu já posso até ler os pensamentos dos interlocutores. As garotas pensam: “Ai ai... Ele é mesmo um santo! Resistir assim a esse assédio todo. Queria que fulano também fosse assim...” Já os caras pensam: “Puta que pariu! Esse cara só pode ser mesmo viado! Como é que vacila assim e dá o fora numa mina que tá querendo dar pra ele, sem compromisso?” Olha galera, o certo é que não sou nem uma coisa nem outra. Ou seja: Nem santo, nem viado. Portanto, eu sou quem sou e não vou mudar para agradar A ou B. Sou fiel sim, por princípio, amor e consideração pela mulher com quem me casei, mas por muitos outros motivos também. Quer saber? Quando uma pessoa mente, engana ou trai a pessoa amada, antes de tudo ela está sendo desonesta com ela mesma. Acredito muito nisso. Outro fator que me ajuda a ser fiel, também, são as DSTs. Eu sou narcisista, pô! Amo demais a mim mesmo para cair numa dessas e correr o risco de ficar doente ou me contaminar com alguma doença incurável. Sou da turma que não compartilha corpos, copos nem talheres. Não confio nem em preservativos. Mas embora eu saiba o que quero, de tanto que sou assediado, às vezes bate aquela insegurança sim, pois sou humano, logo, falho. Mas Jéu, você pode ficar tranquila, viu? Apesar do assédio constante das garotas, eu sempre irei lutar por nós e por nossa história de amor, e o que vai pesar no final será o meu sentimento e a minha integridade física, afinal, meu corpo é o meu santuário, você sabe disso! Bem, e quanto à macaca piriguete, essa história aconteceu em 2004, enquanto éramos colegas num cursinho pré-vestibular. Resumo da ópera: Eu consegui passar no vestibular, me formar em tempo regular, e até hoje ela anda batendo cabeça pela vida. Não se casou, nem conseguiu ingressar numa universidade. Mas afinal, o que esperar de uma pessoa vazia, sem objetivos nobres e que só quer o que não pode lhe pertencer, não é mesmo? A vida é cíclica e feita de escolhas.