sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sombras do outono



O outono, para mim, tem cheiro de indefinição. Ele não é inverno, embora traga consigo o frio, tampouco verão, ainda que aqueça nossos corações com seu sopro morno e suave em tardes amenas. Adoro o frio assim como ao calor. São duas partes de mim, irreconhecíveis, incógnitas e bipolares, que não se entendem e que jamais se encontram, tal qual o dia e a noite. Nem sei quem sou de verdade, nem a qual estação me refiro, prefiro, pertenço ou me identifico. Só sei que quando chove eu rogo ao sol. Quando o dia aquece eu imploro o frio. Ainda bem que o mundo é plural e a vida não se resume apenas em ser uma coisa ou outra. Pelo contrário, no mundo existem muitas cores, sabores, sensações, odores... Todos ávidos por serem tocados, deglutidos, mastigados ou simplesmente contemplados. Dessa forma, vou vivendo meu outono interno, na eterna inconstância e irreal ignorância de mim. Diz a sabedoria popular, que podemos conviver durante anos com uma pessoa sem conhecê-la de verdade. Então o que dizer do conhecimento de si? Alguém arrisca dizer que se conhece a fundo? Em todas as vielas e esquinas de si mesmo? Em todos os becos obscuros e sombrios? [...] Pesquisando sobre isto, descobri que o auto conhecimento é fruto da introspecção, em que o sujeito tem acesso privilegiado aos próprios pensamentos de uma maneira que os outros usualmente não conhecem. Que o conhecimento de si é um objeto de investigação. [...] Um dia ainda saberei o que não sei. Um dia... E nesse tão esperado dia, espero não ter que escolher entre o ser ou o não ser, entre o verão ou o inverno, porque aí, reside a questão.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Juntos outra vez


Cara! Que delícia poder ver o Kid Abelha junto de novo. O grupo está de volta e agora completando 30 anos de carreira, com grandes hits emplacados no cenário musical brasileiro e que até hoje povoam o imaginário de muita gente boa. Sou do tempo do LP e me lembro bem do quanto era bom juntar dinheiro e correr para as lojas para comprar aqueles bolachões enormes que tinham lado A e lado B. Era tão legal poder ler os encartes, coisa e tal... Era bárbaro! Ruim era quando o encarte não continha a letra das canções. Putz! Eu ficava irado, com uma raiva profunda. Totalmente decepcionado. Naquela época não tinha toda essa modernidade de internet, que tem hoje, a vida num click. O negócio era duro, mesmo! Pior ainda era quando eu chegava às lojas e pedia os discos do KID e não encontrava. E quando eu reclamava, o cara dizia assim: _ Ah, mas o Kid Abelha nem é uma banda tão conhecida assim. Eu só tenho os discos do Roberto Carlos, Tim Maia, Agepê... Era de doer. Teve uma vez, isso há quase vinte anos, que eu consegui comprar um disco do Kid, o Tudo é Permitido, dificílimo de encontrar e já raro naquela época, devido à dificuldade de se encontrar discos bons, sobretudo aqui na Bahia, como já disse anteriormente. Sim, daí eu encontrei o dito cujo do LP, paguei e peguei um ônibus de volta pra casa. Chegando lá, liguei a radiola, abri o disco e para a minha não grata surpresa, tinha o disco do A-HA, lá dentro. Quase pirei! Voltei à loja, sem obter êxito, pois quem comprou a capa do A-HA, possivelmente levando o disco do KID, não reclamou o engano. Resultado: Fiquei a ver navios. Só consegui ter acesso ao conteúdo desse disco, muitos anos depois, já em formato de CD, quando a Warner relançou um monte de discos antigos e eu tive que recomprar todos os meus discos, só que em CD, pois a minha radiola havia dado defeito e o mundo, claro não ficou parado. Girou e meus LPs giraram junto. Mas o inegável é que a minha saga ainda perdura, a de correr para as lojas para comprar discos dos meus cantores prediletos. É sim, eu ainda compro disco original. Sou um espécime em extinção hoje em dia, sei disso. Mas não há nada que pague o prazer de um disco novo. Ah! E com o encarte contendo a letra das músicas, de preferência, rsrs.


Conheça Glitter de Principiante, nova música de trabalho do Kid Abelha, na seção Rádio, no site oficial do Kid: www.kidabelha.com.br


segunda-feira, 23 de maio de 2011

1 exemplo de dignidade e respeito



Vim aqui, enquanto Professor licenciado pela Universidade Estadual de Santa Cruz, demonstrar a minha solidariedade e apoio à Professora Amanda Gurgel, que emprestou a sua voz e coragem a todos os professores do país e se fez ouvir de forma ordeira e pacífica, enquanto denunciava de maneira inteligente e bem articulada a forma vergonhosa com que os Estados tratam os profissionais da educação deste país. E eu vou além, acrescentado também outras categorias que são vítimas do mesmo descaso, como as de segurança, saúde e justiça, por exemplo. A Amanda merece ser ovacionada de pé por todos os cidadãos brasileiros que, como eu, apesar de possuirem nível superior, são tratados como cordeiros acéfalos, cujas reivindicações são consideradas como realidade imutável e irreversível. Ando farto disso tudo, sabia? De trabalhar 40 horas semanais com a mínima condição de segurança e conforto, de não ter os meios necessários para desempenhar a profissão que jurei defender, de pagar impostos altíssimos, inclusive o de renda, e não ser respeitado, tampouco conseguir vislumbrar o retorno devido por tantas tarifas e tributos pagos. Se você apoia a iniciativa e bravura da Amanda Gurgel, então deixa seu comentário abaixo. Fui!


sábado, 21 de maio de 2011

Açucar e Perfume



Hoje são 21 de maio. Talvez para muitos, apenas mais um dia comum. Para mim, o dia em que faço aniversário de casado. Há seis anos, era justo um sábado também, vivi o dia mais importante da minha vida. Foi o dia do sim, o dia em que assumi perante Deus e toda a Santa Igreja o compromisso de amar, respeitar, honrar, servir, de ser fiel e leal à mulher com quem viria a dividir todos os meus dias, doravante àquela data. Neste dia chorei, confesso. Chorei, me emocionei e me comovi ao escutar o sermão do padre, que nas entrelinhas trazia um monte de juramentos embutidos, um monte de compromissos firmados e que, sinceramente, não saberia se poderia cumpri-los todos. Digo em sua plenitude, pois, inicialmente, mais me parecia uma sentença que um matrimônio. Mas, ao tempo em que o pároco celebrava a nossa união, um mini flashback passou em minha cabeça. Pude ver nitidamente o tempo retroceder e lembrar o carinho e amor que nos conduziu até aquele altar. Já estávamos juntos há pouco mais de seis anos e naquele momento, me pareceu claro que dali em diante era só perpetuar e consolidar o que já havíamos vivido, aprendido, contornado, enfrentado e saboreado até então. E o gosto de todas as lembranças que provei naquele instante me pareceram boas, alegres e doces. Doces e cheirosas como as Bodas de açúcar ou perfume que completamos hoje.



Estaria sendo hipócrita se dissesse que esses doze anos juntos, vividos durante a paquera inicial, o namoro, o noivado e a atual vida de casados foram inteiramente açucarados e perfumados. Não. Jamais diria uma coisa dessas, pois não acredito em amores perfeitos, até porque não existem pessoas perfeitas. A perfeição não nos pertence. Falo de um amor humano, que erra, acerta, sorri, chora, sofre, grita, diz não, faz silêncio, se frustra, se regozija, e sonha. Sonha com um bem viver, descortinando a cada dia novas experiências, vencendo novas barreiras e obstáculos que nos são impostos pela vida, mas sempre acreditando no amor que nos uniu e que pretendemos zelar para sempre. Quando ouço a expressão casal perfeito, sinto medo e digo que não somos modelo ou exemplo para ninguém, contudo, que “somos apenas dois mulatos fazendo poses nos retratos que a luz da vida imprimiu de nós.” Noutras palavras: Somos de carne e osso. [...] Viver um grande amor parece história de novela em que os casais se beijam e fazem amor em qualquer hora do dia e lugar, tomam banho de chuva e se beijam loucamente sob a água fria, dançam na praia molhando a roupa e sapatos sem se importarem com mais nada. Não que eu tenha perdido o romantismo de outrora e que tenha agora uma visão mais real do amor. Não é isso. Mas a maturidade me fez enxergar que para viver um grande amor não precisa fantasiar tanto, vestir roupas caras, passar a lua de mel em Paris ou dirigir um carro importado. Dá para ser feliz vestindo o básico, viajando para Barra Grande e dirigindo um carro popular, pois há coisas que o dinheiro ainda não compra como a sinceridade, cumplicidade, boa-fé e vontade de acertar.



Neste dia, para mim, tão especial, eu gostaria de dividir com vocês alguns torrões de açúcar e o perfume doce de uma vida a dois tão feliz e ao mesmo tempo tão inconstante. Digo inconstante sem nenhum receio de sofrer julgamentos ou de ser alvo de segundas interpretações, mas pelo fato de entender que o nosso amor ainda esta em fase de testes e controles de qualidade rígidos, sobretudo pelo fato de ainda ser uma história inacabada, em que os protagonistas ainda encenam, representam, escrevem, dirigem, editam e sonham com a estréia, sucesso, prazer, satisfação mútua, sorte, bênçãos divinas e pede a Deus que o brilho dos holofotes não se desvaneça com o desgaste dos dias. Que seja eterno enquanto vivamos. Jéu, meu amor, sei que sou um cara chato, desligado, mas sei também que você não é santa, especialmente naqueles dias. Por isso aproveito este dia e este espaço que já é de domínio público assim como a cerimônia que nos enlaçou e que contou com a presença de dezenas de pessoas, para pedir desculpas por minhas falhas, equívocos, erros e enganos diversos, ao longo desses doze anos juntos e dizer que estar ao seu lado é bom demais, exceto nos dias de TPM, claro. Fora esses dias, é bom demais te amar! Aproveito também, para mais uma vez pedir a sua mão para que juntos possamos viver e trilhar mais outras bodas, com o mesmo amor e respeito que sentíamos antes e que nutrimos agora. Meu beijo e meu muito obrigado. Por tudo!


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cabala [Por Yehuda]


Ontem, à noite, visitei o blog da Marina Lima e li seu último post, que, aliás, era um e-mail semanal da Cabala que ela havia recebido. Achei o texto tão claro, tão bom e interessante, sobretudo para o nosso crescimento espiritual, que resolvi postá-lo aqui no Meio Desligado. Tenho certeza que todos vocês vão gostar. Saquem só a leveza do texto. Meu abraço!


Controle-se


Novos aprendizes frequentemente me pedem para explicar Kabbalah em uma frase. Eu digo a eles que não preciso de uma frase inteira, apenas uma palavra: controle. O que quero dizer com controle? Certamente não me refiro a manipular pessoas ou situações para se adequar aos nossos desejos egoístas, e sim a habilidade de nunca ser uma “vítima” e sempre saber como transformar uma situação ruim em uma boa – para você mesmo e todos os envolvidos. Na terminologia kabbalística, controle é ver a Luz em todas as situações. E é aí que a maioria das pessoas falha. Quando alguém em nossa vida está repleto de imprevisível veneno, quando tudo acontece para nos afetar emocionalmente, quando parece que uma situação não oferecerá nada de bom, nós nos sentimos indefesos e abandonamos nossa força. Nosso desafio é ter a força, e o caráter, de sempre enxergar a Luz, mesmo nas mais sombrias situações. Podemos revelar a Luz nos perguntando duas coisas: 1. Por que isso está acontecendo comigo? 2. Qual é o todo que há para se ver aqui? A primeira questão nos ajuda a focar no que a situação veio nos ensinar e como podemos usá-la para transformar nosso caos. Isso quer dizer que mudamos nossa resposta de “como me livrar disso?” para “venha!”. Situações difíceis são simplesmente a Luz contida dentro de “klipot” (cascas de negatividade.) Fugir da situação é essencialmente negar os presentes do Criador. Reflita sobre isso… Fazer a segunda pergunta “Qual é o todo que há para se ver aqui?” tira o foco de nós e o coloca na outra pessoa — em partilha. Ao invés de focar em como a situação está nos machucando, é melhor perguntar que necessidade a outra pessoa não tem atendida e como podemos ajudar, se podemos. A beleza desses dois passos é que quando vemos claramente a resposta para pelo menos uma das perguntas, a situação começa a se resolver sozinha. Isso acontece porque quando vemos a Luz por trás da situação, já nos retiramos do papel de vítima e entramos em modo de controle. Pratique essa semana este procedimento em todas as situações difíceis que encarar. Não importa o quão doloroso seja olhar para dentro, não importa quão difícil seja encarar seus problemas, agora é a hora de retomar o controle que é seu destino. É simples assim e eficiente. Tenha uma ótima semana. Tudo de bom.

Yehuda.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Por que as pessoas morrem?




Pessoas morrem. Faz parte da vida. Na verdade, 150 mil pessoas por dia. [...] Bem, o que eu quero dizer é que nós não passamos de entes biológicos, e a morte é só o fim da função biológica. Mas não é tão simples assim. Sabemos disso, pois nunca estamos preparados para enfrentar uma situação funesta, ainda que anunciada. [...] Dizemos que a hora da morte não pode ser prevista, mas quando dizemos isso imaginamos que essa hora fica em um obscuro e distante futuro. Nunca nos ocorre que possa ter alguma conexão com o dia que já começou ou que a morte possa chegar na mesma tarde que parece tão segura e tranquila, que tem cada hora determinada com antecedência. Estava a cá a me perguntar se a ignorância no que se refere à hora da partida é mesmo necessária. E se morrêssemos amanhã, o que faríamos hoje? Dieta? Prepararíamos currículum vittae? Pegaríamos um ônibus lotado? Pararíamos de fumar? Iríamos para o trabalho? Para a academia, para a faculdade? Certamente que não. Talvez ficássemos reunidos com nossos familiares em casa e tentaríamos ao máximo fazer tudo aquilo que não fizemos durante a vida inteira. Daríamos bom dia com vontade ao motorista do ônibus. Diríamos eu te amo para um monte de gente que amamos de verdade, ou simplesmente fecharíamos todas as portas e janelas da casa e da alma, sentaríamos no sofá, de frente para a TV, contaríamos as horas, os minutos, os segundos e quem sabe até, nem tocássemos o chão. [...] Eh! Talvez por isso não devamos saber previamente o momento de morrer. Isso atrapalharia a vida. [...] Entretanto, hoje pode não ser o dia de sua morte, mas, enfim, é um dia de sua vida, e isso é motivo de celebração! Então, por que desperdiçá-lo? Vamos cantar e viver! I will never want to die.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vida útil [sucatas]


Manter a ordem numa casa e tudo funcionando bem direitinho é mesmo tarefa das mais difíceis. Eu que o diga. Aqui em casa, por exemplo, parece brincadeira! Após seis anos, algumas peças e eletrodomésticos começam a dar sinais de desgaste. Tudo começa a ruir, folgar, enferrujar, soltar a tinta, ficar lento... Estou me empenhando ao máximo para não sucumbir, para que essa maré passe logo e os infortúnios não se acumulem, tornando a minha casa um amontoado de peças inservíveis. [...] O tempo não perdoa nada nem ninguém. Não há novo que não se torne velho. É impressionante como tudo um dia perde a validade. Estou a observar isto. Tenho percebido que nada funciona de verdade, se não houver reparos ou manutenção. Como os aparelhos, são os humanos e suas relações. Tudo carece de atenção e cuidado para a sua perfeita conservação. Isso quando o fim não é inevitável.


domingo, 8 de maio de 2011

Beijo Mães!


Oi Mãe, tudo bem? Eu sei que a Senhora é leitora desse blog, então estou usando este post para lhe parabenizar por mais um Dia das Mães e lhe dizer que mais tarde irei aí em sua casa te dar um beijo e um presentinho, viu? Gostaria também mãe, de lhe agradecer pelas broncas e surras, que não foram poucas, e dizer que elas foram importantes para o meu crescimento pessoal e essenciais para a formação do meu caráter e para o cidadão que sou hoje. Eu nunca pensei que fosse admitir isso mãe, mas valeu cada sandalhada. E tem gente que ainda é contra umas palmadas quando merecidas. Por ser traquinas, eu levei tanta surra que hoje só recebo carinho e beijinhos. Elas, realmente, valeram a pena! [...] Vou aproveitar o ensejo e desejar um excelente Dia das Mães, para todas as Mães Meio Desligadas também. Beijo Mães!

sábado, 7 de maio de 2011

O tempo está passando...



Estou muito cansado, agora, pois acabei de limpar o carro e estou morto. Descobri que não sou mais um carinha de 20 anos, incansável como outrora, e isso é mal. Entrementes, sei também que agora, tenho o que não tinha quando era mais jovem, como experiência, sensibilidade, tato e um monte de coisas boas mais. [...] Pois bem! Eu voltei agora de uma visita que fiz ao blog Sou preto mas sou limpinho, do Alexandre Felipe e li a seguinte frase do Bob Marley, que me fez rir da vida, do capitalismo e de tudo o que nos prende a ele. Saca só: "Pra que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos?" Por isso, há muito que não tenho me ocupado com formalidades, protocolos, teorias de vida ou filosofias vãs. Tenho me preocupado mais em viver a vida e aproveitar pequenas coisas, como o ar puro da minha cidade do interior, a energia que sinto vinda do embalo de melodias cantadas com voz rouca enquanto dirijo, o barulho das minhas aves no fundo de casa e a sensação de consciência tranquila por não dever nem um centavo para ninguém, por exemplo. Tenho 33 anos e envelhecer é inevitável para qualquer ser vivo, é bem verdade. Mas posso dizer também que tenho 33 anos e que não há nada melhor que isso.


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Estou de olho




Olá meus amigos, tudo bem? Essa coisa de escrever é mesmo muito engraçada, eu estava até comentando com a Jéu, sobre isso, dia desses. Às vezes, faço alguns posts meio que sem maiores pretensões e a galera adora. Comenta aqui, ou comenta comigo quando me encontra, tipo: Ah! Achei aquele post maneiro, assim e assado... E justamente aqueles posts que eu faço e que penso que vai agradar, não rola nem um comentariozinho para servir de consolo, rsrsrs... Mas aí é que está a graça da vida, ? Na tal da surpresa. Pois bem! Na verdade mesmo, iniciei este post com a intenção de agradecer a vocês pelo carinho e pelos acessos a este blog, e para saudar os novos membros Meio Desligados que se achegaram. Pois é, eu estou de olho e percebi que tem gente nova na área![...] Quero dizer a vocês que as portas estarão sempre abertas, aliás nem portas tem por aqui, e que fico muito feliz e grato com a presença e constantes visitas. Voltem sempre para trocarmos boas energias. Ah! Tem um recado para os membros mais antigos também: Continuem a acessar o Meio Desligado diariamente e observem na lateral direita deste site, na seção Em outras órbitas, porque pus links de blogs de amigos. Passem por lá também. Tenham todos um excelente final de semana e recebam aí o meu abraço! Tchau!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Pra descontrair



Este post é para receber o final de semana com muito bom humor e alegria. Isso é o que eu chamo de excesso de criatividade. Eita! Colocou o radialista numa tremenda saia justa, rsrs...



quarta-feira, 4 de maio de 2011

TIKARI [Garfield, Mafalda e Fondue]




Este post demorou a sair, deve ser porque não era a hora, lá atrás, mas enfim, agora. Tinha em mente de fazê-lo, protelei, e eis que em tão boa hora sai uma homenagem dupla num único artigo. Sempre gostei do Garfield e da Mafalda. Eles são tão diferentes e ao mesmo tempo tão engraçados. Um é cômico, diverte... O outro é critico, e nos põe a pensar... Impressionante! Ironia do destino [ou não] conheci essas duas figuras, personificadas em Tika e Carina, amigas minhas e da Jéu e leitoras Meio Desligadas, por quem temos o maior carinho e respeito. TIKARI é um neologismo interessante, criado para nos referirmos às duas. E como para mim, a Tika é o Garfield e a Carina a Mafalda, pelos motivos expostos acima, carinhosamente fiz um trocadilho do apelido delas que além de TIKARI, agora teremos também o GARFALDA. A Jéu, achando bárbaro o espetáculo, criou também o apelido MARFIELD, pode? [...] A amizade, acredito eu, é o sentimento mais belo e próximo do amor. E é tão bom amar! Os pais, os irmãos, os amigos, o cônjuge, os bichos de estimação... Eu estou sempre amando, deve ser por isso que as coisas dão sempre certo em minha vida... Ah, a vida! Ela é engraçada! Dentre tantas constelações, continentes e planetas. Dentre bilhões de humanos ela nos põe exatamente no local que deseja, e nesse lugar em que nascemos e vivemos, ela nos apresenta pessoas boas e ruins. As ruins passam, pois as descartamos. Já às boas, nos achegamos, trocamos selos, descobrimos afinidades, nutrimos sentimentos verdadeiros e nobres e queremos ficar mais tempo perto, fazer visitas, varar madrugadas jogando conversa fora, regadas a fondue e vinho tinto. Fiquei feliz, Carina, em saber que meu comentário no Pescador de Informação te emocionou. E "saiba que" nosso sentimento é puro e genuíno. Nós realmente amamos vocês. Ah! Obrigado por confiarem a mim a guarda dos livros de compilação da Mafalda e do Garfield, tá? Estou cuidando deles como a um filho. Meu beijo!


terça-feira, 3 de maio de 2011

Receituário Médico

Esperança de felicidade...

Felicidade se confirmando...

Felicidade chegando!

Sem moderação,

Sem efeitos adversos,

Sem restrição,

Sem prescrição.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Cheiro de passado





Somos feitos de lembranças do passado que nos acompanham diariamente. Essas fotografias mentais vêm, eufóricas como o vento sul que sopra ao entardecer, e se vão tão rapidamente quanto chegam, como a fumaça que se dissipa no ar. Quando criança, passei muitas tardes assistindo Hitchcock e algumas tantas outras vendo a minha mãe ouvindo os discos do Ritchie ou meu pai os do Roberto Carlos. Eu adorava Psicose, com toda a sua nuance patológica e de mistério. Instigava-me, sabe? Punha-me em alerta! E também adorava aquelas canções que nos enchiam de cor e ajudava a dar forma a casa, transformando-a num lar. O Ritchie era vibrante, alegre. O Roberto era romântico, apaixonado, beirando a depressão. Ainda hoje gosto de ambos e do Alfred Hitchcock também. Vocês não sabem, mas em minha cabeça, naquela época, o Ritchie e o Anthony Perkins eram a mesma pessoa. Cresci achando isso. E hoje, aos 33 anos de idade, sei que eles não são a mesma pessoa, claro! Mas ainda assim, em minha cabeça, imaginativa, a imagem de um está diretamente associada à do outro. [rsrsr] Não me tornei um psicopata por assistir a todos os Psicoses, por colecionar filmes de suspense em casa, ou por querer morar numa réplica da casa dos Bates, é bem verdade. Eu nem tenho essa vocação, até porque, nunca suportei sentir o cheiro de sangue. Todavia, esse tipo de filme é a minha droga, a minha cachaça, meu prazer obscuro e secreto. Não salto de bungee jump, não voo de asa delta, nem me aventuro em vertiginosas montanhas russas nos parques. Não tenho coragem suficiente para tais coisas, então, para a minha vida não ficar tão morna, romântica e sem graça, me permito sofrer e suar as mãos, já que ficar paralisado diante de um filme tenso me enche de adrenalina, me faz temer, pular, gritar de susto, descarregar as tensões e exorcizar meus demônios, como se tudo aquilo fosse real. Quando o thriller termina e os créditos sobem à tela em letras brancas, sob um fundo escuro, geralmente embaladas por um heavy metal, sinto-me purgado, como se tivesse passado por aquelas situações e sobrevivido a todas. [...] Mas por que estou falando disso agora? Dessas lembranças remotas? Dos filmes de suspense do Hitchcock? É que ando meio saudosista e estou agora a ouvir as canções do Ritchie, nesta manhã incerta e chuvosa de outono. Ah! As lembranças. Elas povoam a minha mente inquieta.