segunda-feira, 7 de março de 2011

As dores do mundo



Para que desesperar, cortar-se, mutilar-se, suicidar-se? Por que não aceitar a dor, a ausência, a indefinição, o acaso, a má sorte e tirar um melhor proveito deles? Se tiver de lamentar-se, faça-o. Chorar faz bem, acalma a alma e revigora os ânimos. É um mecanismo que o corpo humano utiliza para purgar aquilo que nos aflige. Situações que nos abalam, incomodam e nos fazem sofrer, nem sempre às escolhemos. Daí a continuar arrastando correntes e permitir-se ser chamado de coitadinho, além de ser opção, não faz de ninguém um mártir, tampouco faz crescer. Hoje, com a Internet, a dor que se sente é, geralmente compartilhada e difundida por meio de mensagens de perfil, nas famigeradas redes sociais, para todos os usuários que porventura tenham acesso, amigos ou não. Os textos abaixo pesquei de alguns perfis de Orkuts de amigos e, apesar de eu não estar passando por nenhuma situação difícil, coadunam perfeitamente com o que quero expressar neste post. Observem:

“Só depois que algumas pessoas saem de nossas vidas é que então nós percebemos que elas poderiam ter saído bem antes.”

“ O tempo prova quem é quem”

“Não adianta me procurar, nem se arrepender.”

" Como seria bom se pudéssemos colocar a dor em um envelope e devolvê-la ao remetente."

Dentre essas frases e tantas outras que li hoje pela manhã, a que mais gostei foi a seguinte: “Tudo em nossa vida vira passado.” Logo, a partir dessa leitura, é possível concluir que viver as emoções, cavalgá-las como a cavalos selvagens é natural, contudo, é importante entender que nada durará para sempre. Pois, como diz a sabedoria popular, não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe. Portanto, sigamos em frente companheiros! Como diria a Zélia Duncan, apesar da chuva, apesar da hora, apesar dos pesares. Beijo e até breve!


2 comentários:

  1. Que imagem, hein? Fiquei impressionada.
    Mas anota aí mais uma "frase- consolo" (rs):
    "O que não nos mata, fortalece".
    Simples assim...
    A certeza de que a dor é passageira não exclui a sua dimensão, mas como você mesmo disse, é preciso viver cada etapa dos seus próprios lutos para renascer mais forte, amadurecidos!

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  2. Escrevi um texto em tempos difíceis com este título ou algo bem parecido, não me recordo com exatidão, mas parei para ler este post só por causa disso. Coisas assim me fazem lembrar daqueles gregos que falam da mimesis... O primeiro diz que a arte imita a natureza e nos distancia da verdade; o segundo (discípulo do 1º), diz que a arte, especialmente a tragédia é que imita a vida. Quando li Platão e Aristóteles pela primeira vez, tomei raiva deles por causa dessa "mania" de dizer que tudo é imitação, rss. Tempos depois a raiva dissipou-se, mas custa ainda acreditar que tudo que fazemos, falamos, escrevemos, pensamos e até sentimos é de segunda mão... E aquela história de sermos único? Quem está mentindo afinal?

    Ops, nada de filosofia ou crises de identidade, já passei por esta fase, eu acho... hehehee

    Mais um abraço ao casal!

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