sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Refúgio
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Maria Gadú - Ilhéus - 04/03/10
Ela é a grande revelação da MPB e com um único álbum lançado já conquistou o Brasil. E apesar de vivermos nos tempos da pirataria e na era em que músicas são baixadas diretamente da Internet num click, Maria Gadú já é disco de ouro. Alguns dizem que o estilo dela lembra o da saudosa Cássia Eller, outros que sua voz tem um misto de Marisa Monte com Zélia Duncan... Eu, de início quando a vi pela primeira vez, me perguntei: Quem é essa aí cantando com esse jeito familiar? Confesso que comprei seu CD meio que de onda, tipo: Ah! legal... Shimbalaiê. Mas depois que escutei todo o álbum pude sentir toda a sonoridade de que ela é capaz e todo o talento que dispõe e posso dizer, agora, que a Maria Gadú está fazendo um trabalho totalmente diferenciado, com voz e estilo próprios. Ela é uma artista talentosíssima e ao mesmo tempo um ser humano simples e sensível. O CD de estréia está "muito demais", com destaque especial para Bela Flor, Linda Rosa e Encontro, que foram as canções que mais me tocaram. Dia 04 de março ela estará aqui em Ilhéus, no Centro de Convenções, e eu aproveito a oportunidade para convidar toda a galera do Meio Desligado que curte arte com qualidade, para prestigiar essa grande cantora que está nascendo no cenário musical brasileiro e que estará entre nós nessa noite, nos premiando com seu encanto e jovialidade. Vamos lá, absorver a boa VIBE de suas canções. Aqui em nossa região é tão raro momentos como esses, de boa música. Vou comprar o meu ingresso e o da Jéu amanhã e vou escaniá-lo para postar aqui no blog. Conto com a presença de vocês, viu? Saquem só a agenda dela para os meses de fevereiro e março. É mole?? Beijin!
Agenda de Gadú:
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domingo, 21 de fevereiro de 2010
Escorpiões humanos
A história abaixo, do mestre e o escorpião é uma grande lição. Como eu gostaria de ser sábio como o mestre e não mudar a minha natureza quando alguém me fizesse algum mal. Na história, o mestre tomou precauções, entretanto manteve-se solicito. É difícil, no mundo em que vivemos, cheio de pessoas ingratas, egoístas e mesquinhas, manter-se como ele, alheio a tanta peçonha. Dá logo aquela vontade de mandar a pessoa se "estourar longe", afinal, somos humanos. Mas a verdade é que estamos na Terra para evoluir, e cada experiência vivida é parte determinante nessa trajetória do crescimento. E quanto mais enfrentamos problemas, perdas ou decepções na vida, por piores que nos pareçam, mais fortes nos tornamos. O próprio Livro Sagrado nos ensina que só recebemos o fardo que estamos aptos a carregar, ou seja, por mais árdua que seja a missão, seremos capazes de cumpri-la. Portanto, um dia serei como o mestre. Um dia chegarei lá e não mais me importarei com as picadas, mas com os escorpiões que se afogam. Eu estou aprendendo.
Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando. O mestre tentou tirá-lo novamente e outra vez o animal o picou.
Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
-Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
-A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha, o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida, e continuou:
-Não mude sua natureza se alguém lhe faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Quando a vida lhe apresentar mil razões para chorar, mostre- lhe que tem mil e uma razões para sorrir. Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam… é problema deles.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Realeza
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Matrimônio
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Diz que diz, que alguém me contou...
We have a conection
Raio X
To look through
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Todo carnaval tem seu fim
O fato de, no período momesco, tudo parar, me impressiona. A grande maioria dos brasileiros finge esquecer os problemas e se entrega literalmente à folia. Até os telejornais desviam o foco das notícias, evitando veicular reportagens bombásticas, como se esse tipo de acontecimento também entrasse em recesso. Hoje pela manhã, o carnaval 2010 viveu seus momentos agonizantes. Foi o último dia do carnaval da Bahia, momento em que o carro pipa dá um banho de água fria na massa como quem quer dizer: “acordem o carnaval acabou!”. E mesmo que muitos prefiram não retornar à realidade, os trios param de tocar e os confetes e serpentinas deixam de ser lançados, para que o bloco dos garis entre em ação e retire o grude e o lixo da avenida, resultantes da extrema falta de educação e civilidade, deixados para trás pelos eufóricos foliões. Nesses sete carnavais que já passei como Policial Militar, pude trabalhar nos carnavais das cidades de Salvador, Ilhéus, Canavieiras e agora, por último na cidade de Itacaré, onde de forma não insólita, presenciei cenas bizarras de pessoas que, nestes cinco dias de festa, perdem completamente o senso do ridículo e do aceitável, ao estacionarem seus carros sobre as calçadas, dificultando a locomoção dos pedestres ou obstruindo as rampas, impedindo a acessibilidade de cadeirantes; ao ligarem seus sons de carros em níveis de decibéis altíssimos, iniciando assim disputas incoerentes e intermináveis para ver qual dono de som conseguia o mais alto volume, bem como arrebatar mais gente pra beber e dançar ao redor do seu carro; ao beberem até se embriagarem para depois caírem trêbados como indigentes ou assumirem uma direção veicular, pondo a própria vida e a de terceiros em risco; ao exibirem gratuitamente manifestações de intolerância e violência, desferindo socos a esmo, à toa, à sorte. Indistintamente; ao protagonizarem as coreografias despudoradas e absurdas de algumas músicas baianas e/ou ao repetirem seus respectivos refrões. É desprezível de se ver. É como se nesses cinco dias a vulgaridade e a indecência reprimidas durante o ano fossem finalmente permitidas. Não têm respeito as moças, não têm respeito os rapazes... É uma patifaria só. E, apesar de haver banheiros químicos espalhados por todo o circuito da festa, é preciso andar de olhos fechados para que não nos deparemos com aqueles seres humanos (que denominarei aqui como “primitivos”, em seu significado mais léxico), que insistem em urinar em postes, muros, carros, atrás das barracas, feito cachorros, como se atentado ao pudor fosse a coisa mais natural do mundo, além de ser uma extrema falta de educação doméstica. E o pior, é que esse mau hábito, além de inconveniente, é cultural. Por exemplo, quando uma criança está na rua com a mãe e sente vontade de fazer xixi, essa mãe, muito dificilmente, solicitará que algum estabelecimento ceda o banheiro para seu filho. Pelo contrário, é mais comum vermos o menininho pondo a “torneirinha” pra fora para “regar” alguma árvore. Atitudes como essa, apesar de inadmissíveis em outros países, já estão tão arraigadas em nossa cultura machista, que são até consideradas normais por muitos brasileiros. Por isso é tão comum, em festas ou até no dia-a-dia, vermos homenzarrões urinando em qualquer lugar. E pior, sem que ninguém mais se importe, ou, sequer perceba a estranheza do ato, pois convencionou-se que homem pode urinar sim em qualquer lugar, até por questões óbvias da própria anatomia masculina. É mais fácil para o homem e para ele, nada ficará feio. Que intrínseca e falsa verdade. Bom, agora voltando ao tópico das coreografias despudoradas, neste ano o Oscar de pior canção vai para aquela letrinha de música ordinária que sequer sei o nome, mas que por horas a fio quase me levou à loucura, quando martelava em meus ouvidos o refrão: “Me dá, me dá patinha, me dá...” Enquanto trabalhava, eu me perguntava o que eu estava fazendo ali. Desconheço completamente qual seja a banda que lançou essa música, e também não me dei ao trabalho de descobrir, buscando no Google o nome do compositor. Primeiro, porque é irrelevante promover esse tipo de cultura inútil e vazia. Segundo, porque no ano que vem, essa banda já não mais existirá. Esse tipo de sucesso é descartável, indo embora tão rapidamente como chega, vindo, no carnaval seguinte, outro igualmente idiota em seu lugar. Sempre haverá uma nova banda de pagode gravando qualquer outra imundice. Tudo bem! Eu já sei o que você leitor(a) está pensando. E eu também concordo com você. Eu sei que quem vai para o carnaval não quer meditar, tampouco refletir sobre o que diz o refrão que se repete infinitamente, mas sim extravasar, liberar e colocar tudo pro ar, como diria a Cláudia Leite em uma de suas canções. Sei também que nesses cinco dias de festa o brasileiro fica menos seletivo e passa a exigir apenas som e ritmo. As músicas não precisam, necessariamente, possuir uma letra que emocione ou que ative o intelecto, afinal é carnaval. E o carnaval dura apenas cinco dias, é só uma vez no ano... blá, blá, blá... Mas vamos combinar uma coisa? Um grama de decência e respeito ao ouvido do próximo não faz mal pra ninguém, não é mesmo? E o pior é que quanto mais lasciva e desrespeitosa a letra for, maior será a sua aceitação, sobretudo pelo público feminino. A música que, pra mim, no Carnaval 2010, merece o Oscar do que existe de mais execrável diz o seguinte: “Ela, ela, ela é uma cadela...” Logo em seguida, o cantor, de cima do trio, pede a patinha, e as meninas embaixo levantam a perninha. É simplesmente horrendo. Depois a letra segue dizendo que a fulana transou de quatro, outra fez frango assado, outra transou sem camisinha e pegou uma coceirinha. Meu Deus! É nojento, é inacreditável. As mulheres não cobram respeito nem se valorizam mais. Nem a Madonna sadomasoquista da década de 90, quando incorporava a Dita e usava unhas pintadas de preto, chicotes e dente de ouro, era capaz de descer tanto. Tenho certeza que, ao ouvir essa música, a Rainha do Pop, que colecionava escândalos, ficaria corada. A verdade é que depois de ouvir e presenciar a tanta baixaria neste carnaval, eu cheguei às seguintes conclusões: De que o exótico e o ridículo não têm limites e que o pior ainda está por vir.