Em abril deste ano, em meu aniversário, recebi presentes de vários amigos. Presentes especiais de amigos mais que especiais. De todos gostei, mas em especial do livro As cem melhores crônicas brasileiras, selecionadas pelo Joaquim Ferreira dos Santos, a mim presenteado pelos queridos primos Will e Ariane, por quem, inclusive, tenho o maior carinho e saudade, visto que eles moram um tanto longe, em Sampa. Sempre que posso leio uma ou várias das tantas crônicas do livro e uma delas, hoje, me arrebatou de vez. Tanto que resolvi por aqui no blog para que todos vocês pudessem desfrutar do quão belo é falar de amor e de lealdade. Sentimentos tão nobres, mas esquecidos nos dias em que vivemos. Leiam e se emocionem também. Meu abraço!
Café com leite - Antônio Maria
É preciso amar, sabe? Ter-se uma mulher a quem se chegue, como o barco fatigado à sua enseada de retorno. O corpo lasso e confortável, de noite, pede um cais. A mulher a quem se chega, exausto e, com a força do cansaço, dá-se o espiritualismo amor do corpo.
Como deve ser triste a vida dos homens que tem mulheres de tarde, em apartamentos de chaves emprestadas, nos lençóis dos outros! Quem assim procede (o tom é bíblico e verdadeiro) divide a mulher com o que empresta as chaves.
Para os chamados “grandes homens” a mulher é sempre uma aventura. De tarde, sempre. Aquela mulher que chega se desculpando; e se despe, desculpando-se; e se crispa, ao ser tocada e serra os olhos, com toda força, com todo desgosto, enquanto dura o compromisso. É melhor ser-se um “pequeno homem”.
Amor não tem nada a ver com essas coisas. Amor não é de tarde, a não ser em alguns dias santos. Só é legítimo quando, depois, se pega no sono. E a um complemento venturoso, do qual alguns se descuidam. O café com leite, de manhã. O lento café com leite dos amantes, com a satisfação do prazer cumprido.
No mar, tudo é menor. O socialismo, a astrofísica, a especulação imobiliária, a ioga, todo asceticismo da ioga... tudo é menor... O homem só tem duas missões importantes: amar e escrever à máquina. Escrever com dois dedos e amar com a vida inteira.
Muito legal! Adorei: "Escrever com dois dedos e amar com a vida inteira"...
ResponderExcluirEspero que você nos presenteie com mais crônicas desse livro.
beijos
...hummm(dois dedos) rsrsrs...brinkderinha!!!
ResponderExcluiressa mania da gente de querer ter tudo...a beleza está na simplicidade...de um "bom dia"...no café coado ao saco...vendo aquela fumacinha a subir...olhar os olhos e ver brilho neles,satisfação de que vc faz bem só por estar ali,assim...simplesmente...ai ai ai
bjks doce ♥
Linda essa cronica Sandes!!
ResponderExcluirJá percebi que vc é um tanto romantico... rsrs
Abraço e boa semana!!
Lindo, Sandes, absolutamene lindo!
ResponderExcluirBjs querido!
Déia
Lindo e verdadeiro esse texto. Amar tem que ser contínuo e em todas as situações e momentos.
ResponderExcluirBeijokas doces e uma semana de muita paz e amor verdadeiro e diário.
Oi,SSandes!Que lindo!Bela escolha!
ResponderExcluirUma ótima semana!
beijos
*P.S.:Livros são sempre ótimos presentes.
Fico muito feliz que você tenha gostado e modéstia parte que texto maravilhoso. Me sinto muito feliz e grato a Deus por ter encontrado uma companheira que está comigo de manhã, tarde, noite nas madrugadas frias também.
ResponderExcluirGde abraço.
Foi incrível, mas concordamos logo q vimos o livro sabíamos q vc ia gostar, sua cara rs,só a capa já inspirava boa leitura,inspire-se e escreva ainda mais nesse nosso cantinho!Bjs meu amigo e vê se marca logo essa viagem pra SP!!!!
ResponderExcluirFiquei deprimido.
ResponderExcluirAss: O Encalhado
http://soupretomassoulimpinho.blogspot.com/
Boa, muito boa, boníssima!!! rss
ResponderExcluirAinda hoje estava escrevendo sobre o café da manhã depois de uma noite perfeita de amor... é tão gostoso...
Showwwwww! ótima escolhaaaa!
ResponderExcluirAnós (meros encalhjados, solteiros ou... a procura, rsrsrs...) resta-nos apenas a esperança de: "Escrever com dois dedos e amar com a vida inteira."
Lindo post! Parabénss!