sábado, 23 de janeiro de 2010

Up and Down

Essa semana foi super corrida pra mim, por isso fiquei alguns dias sem postar. E olha que aconteceram duas coisas importantes que valem o registro aqui no Blog. A primeira delas foi o fato de eu ter que decidir ajudar, ou não, o pai da Jéu, que levou algumas notificações no trânsito e, que somando todas elas dariam menos 20 pontos na CNH dele. Caraca! Em apenas um ano ele ficou com somente um ponto sobrando. Quando ele recebeu as correspondências e caiu na real que estava prestes a perder a habilitação ele me pediu para que emprestasse a minha habilitação para que 5 pontos fossem transferidos para a minha CNH. Pronto. Meu mundo caiu!!! Eu que tento fazer tudo certinho, andar na linha, coisa e tal... Me vejo diante da possibilidade de perder 5 pontos sem ao menos ter cometido infração alguma. De início achei o pedido um tanto quanto indecente e até inviável, eu diria, a ponto de pensar de imediato em dizer não. Poxa vida! Os valores que a mim foram passados pelo meu pai não me permitiam fazer tal coisa. Devo confessar que meu pai me estragou. Meu pai é o protótipo da honestidade e ele fez questão de cuidar para que eu e meus irmãos fôssemos da mesma forma. Meu pai, em toda a sua existência, nunca teve seu nome negativado em qualquer coisa que seja. E isso para mim é regra sem exceção. Daí a ter uma notificação redigida em meu nome, o que para muitos pode ser nada, visto que, após a multa ser quitada e passado um ano os pontos retornam, ainda assim, para mim é muita coisa. Muito confuso, eu pedi ajuda a Jéu, mas ela disse que não interferiria em minha decisão. Então eu comecei a pensar em algumas coisas, por exemplo: a) Será que eu não estava sendo muito egoísta em pensar só em mim? b) Será que 5 pontos fariam tanta diferença pra mim, que não tinha perdido nenhum, como fariam para ele que esta a um ponto de perder a CNH? c) O registro cairia depois de um ano e meus 5 pontos seriam finalmente restituídos. d) Ele já havia me ajudado tanto, em tantas outras coisas sem me pedir nada em troca. e) E o meu reconhecimento e consideração ficavam onde nessa história? Na boca do sapo? f) Se eu não o ajudasse e ele viesse a cometer outra infração e perdesse a CNH, como eu me sentiria por não tê-lo ajudado? g) E se fosse eu nessa situação, será que ele faria o mesmo, será que me ajudaria? Pensei e cheguei à conclusão que sim, que ele me ajudaria. h) E a minha consideração pela Jéu? Afinal eu estaria deixando de ajudar o pai dela. A dúvida cruel que me consumiu durante um dia e meio. Eu estava entre a razão e o coração, entre meus princípios e a possibilidade de ajudar alguém importante pra mim, mesmo ferindo o legado mais belo, a mim passado por meu pai. Pensei, pensei e repensei. Me angustiei por dentro e então, finalmente decidi que o ajudaria. Dessa forma, perdi 5 pontos em minha CNH, por ter estacionado um carro em cima de um passeio na Praça Rui Barbosa sem nunca ter estado lá.Minha consciência ainda dói, não vou negar, mas meu coração está tranquilo por tê-lo ajudado, embora até agora não consiga vislumbrar com clareza que tenha feito a coisa certa. Bom, mas nessa semana nem tudo foi agonia. Pois é, a Érica leu uma de minhas postagens sobre a minha odisséia para comprar um violão, se compadeceu de minha situação e me emprestou um violão que ela tinha deixado na casa de seus pais aqui em Ilhéus. Após ler o comentário dela, pela manhã, fui buscar o violão à noite, quando voltei do trabalho. A Fafá disse que ele era antigaço, do tempo de Adão e Eva, "eita exagero". Ele estava protegido por uma capa para violão, meio empoeirada, e faltando a 5ª corda. Após limpá-lo constatei que estava em bom estado e no dia seguinte levei pra aula para que o professor desse uma olhada. Ele gostou demais e disse que o violão era muito bom. Que eu continuasse com ele até que o meu chegasse à loja. Fiquei muito feliz, pois passaria a estudar em casa também. E, enquanto o meu não chegar, esse violão será o “Meu Violão”. Vou aproveitar o ensejo para dizer à Érica o meu Muito Obrigado! Não só pelo empréstimo do violão, mas pelo carinho, atenção e tudo o mais. Bom, sem mais por hoje.

3 comentários:

  1. Quando acaba é a sogra que leva a fama... rs! Que proposta indecente desse rapazinho, viu?! É melhor ele trocar o carro pelas caminhadas com os cachorros... rs!

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  2. Puxa... assisti um filme que se chama "som do coração" que fala que as pessoas se unem pela música,a nossa família testifica isso, aqui em casa vivemos música, e temos 2 violões rs,olha só nossas similaridades, boa sorte nessa empreitada rs!!

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  3. Amiguinho, eu me acabo de rir com vc!!!
    Qto ao seu sogrão, fique frio! O problema não é ele, mas sim de seu pai, que assim como o mu, educou para sermos 100% corretos. Até aí, tudo bem. Mas creio que o ideal é sermos flexíveis. Quantas vezes levamos a pior em razão do poder público que faz o qur quer em nossas vidas? Quer coisa pior do que IR?
    Certamente algumas dessas multas não foram infringidas pelo sr. Ney.
    Parabéns pela atitude sensata. Mais vale um relacionamento pacífico e fraterno a uma CNH ilesa.
    A propósito: infelizmente tb tive que assumir alguns pontos de Henrique. Eu queria que ele perdesse a carteira, pra precisar fazer o curso que tem aqui em SSA, que eu soube que é fortíssimo! Todo mundo sai impressionado e renovado!
    Quanto ao violão, o que é meu é tb dos meus amigos, com exceção do meu marido.
    Aprenda o que eu não aprendi.
    Comecei a fazer o curso quando comecei a faculdade. Um dia descobri que o prof estava dando em cima de mim, sério! Resolvi abandonar o curso, mantendo minha paz. Acabei deixando de lado.
    Agora, ouvir da minha própria irmã que o meu violão é do tempo de Adão e Eva....Poxa, doeu....Ai, sim, meu mundo caiu.....
    Bjs.

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