sexta-feira, 4 de junho de 2010

Lost


Nada me consome mais que a incerteza
A dúvida parece punir-me, esmigalhar-me.
Sabe quando tudo parece derreter,
E o mundo se apresenta escuro, lodoso, nefasto?
Pois bem, enquanto todos [inclusive eu]
Proseiam em círculos, tecendo conjecturas
Parece que me sobra uma réstia de luz
Ao fim do túnel.
Tênue e frágil luz, a me chamar
Como uma mão que se estende
Em meio a redemoinhos, tornados, intempéries
E toda variação causada por fenômenos atmosféricos.
E lá vou eu, em busca dessa singela clara luz,
Como um inseto a voar em direção à lâmpada acesa.
A queimar as asas e a desidratar-se,
A buscar, instintivamente, por orientação.
Sequer posso gritar por socorro!
Será que, em meio a tantos mugidos e sussurros,
Alguém ouve meu clamor mudo,
Abafado pelo pudor de meus princípios,
Revelado apenas no esbugalhar dos olhos castanhos?
Cala-te coração, ninguém poderá te escutar.
Só a fé me salva!

Um comentário:

  1. Esses momentos de incertezas q passamos parecem q são eternos. Tentamos esquecer mas eles martelam na nossa cabeça. Engraçado lhe ver assim, pois isso é o meu perfil. Estou sempre agoniada, ansiosa, querendo saber o resultado. No final tudo dá certo, se não deu certo é pq não chegou ao fim. Ainda bem q o seu foi positivo. Feliz por vc!

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