domingo, 22 de agosto de 2010

Longe de mim



Estive longe da minha máquina de digitar
O tempo necessário para eu averiguar
Se deveria, ou não, voltar a escrever.
Este foi mês em que menos postei
Estava sem ideias...
E eis que surge uma ideia!
A de escrever para falar que não surgiram boas ideias,
Para dizer que fui acometido do mal de todo escritor
A maldição da página em branco.
Tacada de mestre!
A ideia mais genial brotou dentro de um ônibus lotado,
Mas ninguém notou...
Por outro lado, foi notado por quem deveria notar...
Ou não.
Eu nunca sei como garantir as coisas
Apenas por elas mesmas.
Acho que a maior evidência que jamais vou encontrar
Está na minha própria inquietação.
A marca do escritor não é mais que
A singularidade de sua ausência.

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