A vida em gavetas

Organização e planejamento. A vida pode se apresentar ainda melhor quando tomamos para nós essas duas palavrinhas, nos conscientizamos da suma importância delas para o nosso crescimento pessoal e empregamo-las em nosso cotidiano. Aprendi com o Hercule Poirot, detetive belga dos livros da Agatha Christie, que é impossível conviver em sociedade se não tivermos ordem e método. Um indivíduo desprovido de preparo não vai muito longe sem deixar rastros de imperfeição e/ou destruição pelo caminho. Aprendi com a Nilzete, leitora Meio Desligada, que é preciso organizar a vida em várias gavetas, de modo a não sobrecarregar uma única, apenas. É preciso [assim como no computador em que abrimos pastas para lançar documentos] criar gavetas para as diversas personagens que desempenhamos durante os dias. Gaveta para a nossa porção pai, gaveta para a nossa porção filho, gaveta para a nossa porção funcionário, gaveta para a nossa porção amante, gaveta para a nossa porção aluno, gaveta para a nossa porção amigo, gaveta para a nossa porção vizinho e por aí vai... Do contrário [caso não criemos as tais gavetas independentes e mantivermos todas as porções em um único compartimento] quando uma porção dessas não funcionar direito o estrago poderá respingar nas demais e atrapalhar o desempenho das outras porções, assim como numa engrenagem em que uma peça se estraga e compromete a performance da máquina. Não é formidável uma única vida dividida em gavetas? Ou seja, se você brigou com o namorado e foi para o trabalho logo em seguida, não se esqueça de fechar a gaveta da porção amante para só depois abrir a gaveta da sua porção funcionário e assim sucessivamente. Seguindo essa recomendação não haverá como errar e você poderá evitar desconfortos desnecessários. Vá por mim!