Filmes, sofá e pipoca de microondas

Ontem à tarde, depois do almoço eu e a Jéu assistimos ao filme Um crime de mestre, que eu havia locado. Caso 39 era a minha primeira opção, confesso. Fiz a reserva no começo da semana, mas não rolou, pois quem locou na sexta-feira não devolveu no sábado, aí já viu, né... E para piorar ainda mais, a pipoca de microondas queimou, pois coloquei para assar durante cinco minutos. Ai ai... Mas agora eu já sei: Três minutos são suficientes, rsrs... Pois bem, como havia dito anteriormente, loquei Um crime de mestre, que é um suspense inteligente e instigante, que me fez pensar. Não tem tiros, nem correria e justamente por isso vale a pena ser visto! Apesar de ter sido a minha segunda escolha, gostei muito do filme, em particular da cena em que o promotor público da trama lê um poema para a paciente que está em coma no leito de um hospital, após sofrer uma tentativa de homicídio perpetrada por seu esposo, a quem vinha traindo, pelo menos duas vezes por semana, em quartos de motel de luxo. Achei a cena bela e o poema interessante, por isso resolvi postar aqui no blog, espero que vocês curtam:

Você se atreve a sair?
Você se atreve a entrar?
Quanto você pode perder?
Quanto você pode ganhar?
Se você entra vai para a esquerda ou direita?
Vai até a metade ou nem isso tenta?
Você ficou tão confuso que começa devagar.
Pistas longas e com curvas
E você tem que acelerar.
E andar muitos quilômetros em todo tipo de lugar fútil
Até que chega, com temor, a um local ainda mais inútil
O lugar de espera.
Para a gente apenas esperar,
Por um trem que vai partir.
Ou um ônibus que vai chegar.
Ou um avião decolar,
Ou a correspondência chegar.
Ou a chuva passar,
Ou o telefone tocar.
Ou a neve tocar o chão,
Ou esperar por um sim ou um não.
Ou um colar de pérolas,
Ou um olhar de relance.
Ou uma peruca de cachos,
Ou outra chance.

Do filme: Um crime de mestre

Quanto ao Caso 39... Bem, quem sabe no próximo final de semana eu consiga assisti-lo, né? E tenha o privilégio de comer pipoca sem estar queimada, huahuuhauha... Mas tudo bem, entre mortos e feridos salvaram-se todos. [Pelo menos na vida real, porque no filme...]