quarta-feira, 21 de julho de 2010

A folha seca que cai



Hoje pela manhã, quando eu estava no ponto de ônibus, com meu violão nas costas, voltando da aula, um senhor que aparentava estar na casa dos 70 anos parou ao meu lado com aquela carinha de idoso que gosta de puxar conversa com desconhecidos na rua, na fila do banco, na sala de espera de clínicas etc, e me perguntou se o meu violão falava. Eu, como sempre muito simpático, com um sorriso no rosto, respondi que ele tocava. Ele logo tratou de tagarelar e contou que estudou violão durante três anos e que, quando foi tocar para a namorada, antes mesmo de terminar a canção, recebeu o violão por cima da cara e das costas. Ele disse que deu o instrumento para um amigo e que, depois da desastrosa serenata, nunca mais quis saber de tocar violão. Ele começou a cantar a canção e, imediatamente eu e outro idoso que estava ao nosso lado ouvindo a conversa, começamos a rir e a entender o porquê das violadas dadas pela amada dele. Ele pediu pra apanhar, ora! Eu não consegui gravar tudo, mas a letra falava que a mulher amada era perdida, perdida, perdida, como uma folha seca caída nas águas da vida, e que ela havia sido cruel e má com quem a amava... O velhinho até que era afinado! Huahuahuahua... Não sei o nome da música nem quem havia gravado, pois o ônibus do “cantor” chegou e ele foi embora apressado. Eu duvido, pois a letra deve ser tão antiga quanto ele, mas se algum Meio Desligado aí souber qual é a canção, pode comentar que eu terei o maior prazer em postá-la aqui no blog. Abraços!

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